Somente o câncer de colo de útero mata 230 mil mulheres por ano. Saiba como evitar este e outros tumores ginecológicos:
Colo de útero
O mais letal, atinge mulheres de 20 a 29 anos, sendo que o risco aumenta até atingir a idade de 45 a 49 anos.
O que ataca: a parte inferior do útero.
Corre risco: quem iniciou a vida sexual precocemente, tem múltiplos parceiros, não faz higiene íntima adequada, usa contraceptivos orais por muitos anos e têm o vírus do HPV.
Sintomas: não apresenta sintomas específicos e somente o papanicolau é capaz de detectá-lo. Chega a provocar sangramento vaginal até mesmo entre a menstruação (mais longa e volumosa), após o período menstrual e depois de relações sexuais; corrimento vaginal e dor no baixo ventre.
Prevenção: usar camisinha durante a relação sexual e fazer exames periódicos. “O papanicolau é totalmente indolor e consiste na coleta de material (secreção) do colo do útero”, comenta a oncologista.
Tratamento: cirúrgico, acompanhado ou não de radioterapia e quimioterapia. “A conduta terapêutica depende do resultado anatomopatologico (estudo das alterações do tecido)”, acrescenta a médica.
Corpo uterino
Conhecido também como câncer de endométrio, ele é raro em mulheres jovens.
O que ataca: o endométrio, membrana mucosa que reveste a parede uterina.
Corre risco: quem nunca teve filhos, não tem vida sexual ativa ou teve a menopausa com idade avançada (acima de 52 anos).
Sintomas: sangramento anormal principalmente na pós-menopausa e aumento de volume do útero.
Prevenção: exames anuais de ultrassonografia transvaginal geralmente detectam qualquer anormalidade no endométrio.
Tratamento: cirúrgico, com acompanhamento de hormonioterapia (medicamentos com hormônios) ou quimioterapia.
Ovário
Menos frequente e mais letal, por seu diagnóstico tardio. Quando apresenta os sintomas, a doença já está em estágio avançado.
O que ataca: os ovários, que estão localizados um a cada lado do útero feminino.
Corre risco: pessoas com parentes que já tiveram câncer de ovário e quem nunca engravidou. “90% dos casos são esporádicos e não apresentaram fatores de riscos conhecidos”, alerta a médica.
Sintomas: demoram a aparecer e não são específicos. Pode apresentar dores na parte inferior do abdômen e aumento de volume abdominal. Má digestão e constipação intestinal também são indícios.
Prevenção: exames periódicos de ultrassonografia pélvica e transvaginal. “O diagnóstico definitivo será feito por cirurgia”, diz Silvana Gotardo.
Tratamento: Se detectada no início, a remoção de apenas um ovário já resolve. Já em estados avançados, são retirados os ovários, o útero e os linfonodos e estruturas ao redor. Pode ser necessária complementação do tratamento com quimioterapia.
Vaginal
Bem raro, representa apenas 1% dos tumores ginecológicos. Geralmente afeta mulheres na faixa de 45 a 65 anos.
O que ataca: a pele que reveste a vagina.
Corre risco: quem já teve outros cânceres ginecológicos ou foi exposto ao vírus do HPV.
Sintomas: corrimento ou sangramento vaginal, ardência e dores nas relações sexuais e, em casos mais avançados, feridas nas paredes da vagina.
Prevenção: exames clínicos periódicos.
Tratamento: cirúrgico ou radioterápico, variando conforme o grau de invasão do tumor.
Vulva
Ocorre principalmente em mulheres acima dos 50 anos.
O que ataca: com maior frequência a pele dos lábios vaginais externos, sendo mais raro nos internos e no clitóris.
Corre risco: quem tem lesões por causa de coceiras excessivas ou estão com o vírus do HPV.
Sintomas: coceira na vulva com ardência e dor na relação sexual. Em casos mais avançados, feridas com ou sem infecção e geralmente sem dor.
Prevenção: exame ginecológico periódico.
Tratamento: cirúrgico, com a retirada parcial ou inteira da vulva.
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